domingo, 31 de janeiro de 2010

Lusíadas- Canto VIII


Luís Vaz de Camões

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Lusíadas

Canto VIII


33 - Pêro Rodrigues do Landroal*

"Na mesma guerra vê que presas ganha

Estoutro Capitão de pouca gente;

Comendadores vence e o gado apanha,

Que levavam roubado ousadamente.

Outra vez vê que a lança em sangue banha

Destes, só por livrar com o amor ardente

O preso amigo, preso por leal:

Pêro Rodrigues é do Landroal.

*-Landroal (nome original da vila do Alandroal)


BREVE BIOGRAFIA

Poeta português, considerado por muitos o maior poeta português, é o autor do famoso poema épico, Os Lusíadas, e de uma considerável obra lírica e dramática. Os seus dados biográficos mais importantes podemos obtê-los na sua vastíssima obra poética. Através dela se conhecem os seus amores, a vida boémia e arruaceira, as alegrias e frustrações, a pobreza e as inquietações transcendentais.Viveu algum tempo em Coimbra onde terá frequentado aulas de Humanidades no Mosteiro de Santa Cruz. Regressou a Lisboa, levando aí uma vida de boémia. Em 1553, depois de ter sido preso devido a uma rixa, partiu para a Índia. Fixou-se na cidade de Goa e aí terá escrito grande parte da sua obra. Foi nessa mesma cidade que sofreu caluniosas acusações, dolorosas perseguições e duros trabalhos, vindo Diogo do Couto a encontrá-lo em Moçambique, em 1568, "tão pobre que comia de amigos", trabalhandon'Os Lusíadas e no seu Parnaso, "livro de muita erudição, doutrina e filosofia", segundo o mesmo autor.Regressou a Portugal em 1569, pobre e doente, conseguindo publicar Os Lusíadas em 1572, graças à influência de alguns amigos junto do rei D. Sebastião, a quem era dedicado, o que lhe valeu uma tença anual de 15 000 réis pelo prazo de três anos. Os últimos anos de Camões foram amargurados pela doença e pela miséria. Reza a tradição que se não morreu de fome foi devido à solicitude de um escravo Jau, trazido da Índia, que ia de noite, sem o poeta saber, mendigar de porta em porta o pão do dia seguinte. Faleceu em Lisboa no dia 10 de Junho, que é hoje comemorado como o Dia de Portugal e das Comunidades Lusófonas. O seu enterro foi feito a expensas de uma instituição de beneficência, a Companhia dos Cortesãos. Um fidalgo letrado seu amigo mandou inscrever-lhe na campa rasa um epitáfio significativo: "Aqui jaz Luís de Camões, príncipe dos poetas do seu tempo. Viveu pobre e miseravelmente, e assim morreu."A sua obra situa-se entre o Classicismo e o Maneirismo, destacando-se, para além da já referida epopeia: Rimas, El-Rei Seleuco, Auto de Filodemo e Anfitriões.

Fonte: Netprof

Homenagem ao vídeo Al Tejo sobre o Alandroal

ALANDROAL


Alandroal terra de castelos
Que a história não esqueceu...
A magia de locais tão belos,
Por um povo nobre se ergueu!

Ao canto oitavo referenciado
O preso amigo, preso por leal...
Nos Lusíadas imortalizado,
Pêro Rodrigues do Landroal!

Assim Camões te celebrizou
Capitão Mor de pouca gente...
A coragem por quanto ousou,
Nessa guerra tão diferente!

Para sempre terás teu nome
Escrito de forma original...
Alandroal, ainda quem chame,
Da história antiga Landroal!!!

Matias José

4 comentários:

Anónimo disse...

Direi que além da homenagem ao vídeo do al tejo com imagens do Alandroal, sem dúvida nenhuma uma grande homenagem ao poeta Luís de Camões, a Pêro Rodrigues e a todos os Alandroalenses. É caso para escrever: Ganda Matias José Amigo Cabé!!!
Um abraço.

Anónimo disse...

Este poeta cada vez mais me surpreende pela positiva. Em nome de um Alandroalense muito obrigado pela dedicatória e que venha mais poesia!

Zé Poveco

Anónimo disse...

A veia poética de Camões e a veia poética de outro Camões... depois ainda há a veia poética de um terceiro Camões. O primeiro Luís Vaz de Camões, o segundo Carlos Alberto Camões e o terceiro José Joaquim Camões. Não há duvida, corre-lhes nas veias o sangue antigo dos antepassados. Ainda bem para os amantes de poesia!

Camões disse...

A ser assim a ordem era a seguinte: primeiro Luís Vaz de Camões, segundo José Joaquim Camões Galhardas e em terceiro Carlos Alberto Biga Camões Galhardas. Pela ordem cronológica esta seria a forma correcta de enunciar. Mas é só um mero pormenor...

Cabé