segunda-feira, 7 de maio de 2012

MÚSICA - BRAHMS

O compositor alemão Johannes Brahms nasceu em Hamburgo, a 7 de Maio de 1833. Foi uma das figuras mais importantes do romantismo europeu do séc. XIX. O compositor alemão Hans von Bulow considerou-o um dos três «Bês» da música, referindo-se à sua primeira sinfonia como a décima, numa referência à nona sinfonia de Beethoven e à continuação dessa maravilhosa obra. Acabou por não ser esse o caminho escolhido para as composições que se seguiriam. Brahms faleceu em Viena de Áustria, a 3 de Abril de 1897.
Poet'anarquista
Johannes Bramhs
Compositor Alemão
SOBRE O COMPOSITOR…

Brahms recebeu a primeira instrução musical do seu pai, intérprete de violino, violoncelo e trompa. Aos seis anos, demonstrava um talento incomum, sendo encorajado a seguir a carreira musical e a apreciar a literatura inglesa e francesa e a literatura romântica alemã. Depois das aulas na escola, tinha lições de piano com Otto F. W. Cossel, tendo este conseguido torná-lo aluno de Eduard Marxsen, o melhor professor da cidade.

Brahms, ainda adolescente, começou a tocar piano nos bares próximos ao porto e em bordéis para obter alguma dinheiro. Quando tinha oportunidade, também não deixava de se apresentar para a alta sociedade. Em quatro anos, tornou-se um dos mais famosos músicos de Hamburgo.

Apresentava-se em concertos com algumas estrelas da música alemã, em especial um violinista chamado Joseph Joachim, intérprete de sucesso na época, que sugeriu a Brahms que deixasse Hamburgo para conhecer novos lugares. Sugestão aceite, a primeira cidade em que parou foi Weimar, onde Franz Lizst morava.

Apesar da boa receção inicial, logo os dois se dececionaram mutuamente. As suas preferências musicais não combinavam. Conta-se que Liszt, quando conheceu Brahms, tocou para ele a sua nova peça, a Sonata em Si Menor. Ao final da apresentação, porém, Liszt viu que o seu visitante tinha adormecido na poltrona.

Brahms seguiu para Bonn, onde conheceu o casal Schumann, tornando-se hóspede e amigo da família, chegando a se apaixonar por Julie, uma das filhas do casal. Contudo, o mestre Robert Schumann logo deixou claro para Brahms que não tinha nada para lhe ensinar. Quando Robert morreu, em 1856, Brahms iniciou uma peregrinação por toda a Europa, apresentando-se em concertos e procurando um emprego fixo.

No ano seguinte, obteve o cargo de pianista e diretor de coro na corte de Detmold. Durante esse tempo não deixou de compor: esboçou uma sinfonia, criou várias peças menores e, em 1858, escreveu o seu Primeiro Concerto para Piano, que estreou no ano seguinte, para uma fria audiência em Hanover.

Em 1863, transferiu-se para Viena e instalou-se como intérprete e compositor livre, mas acabou aceitando, em 1864, o posto de Diretor da Singakademie de Viena. Tornou-se uma figura quase folclórica. Com o seu corpo pesado e uma grande barba branca, misturava na aparência, como na música, a severidade clássica com fugazes momentos líricos.

Brahms cultivou, com exceção da ópera, todos os géneros musicais. Na mocidade foi romântico e intimista, particularmente na música para piano e nos «lieder» (canções), mas poucas obras românticas subsistem porque Brahms tinha o hábito de destruir os originais que não resistiam à sua severa autocrítica.

Em sua segunda fase, não-romântica (ou pós-romântica), seguiu Beethoven como modelo, mas não a ponto de continuar a sua obra. Brahms, com o seu espírito sóbrio, evitava inspirações, improvisações e alusões poético-literárias. Esse «formalismo» dificulta o acesso à sua música. O germanismo dificultou, durante muito tempo, a difusão da sua música no estrangeiro e fez com que os amantes de Wagner custassem a se render a Brahms.

A sua terceira fase é o regresso às raízes do Renascimento e do Barroco, à tradição luterana, que aparecem na comovente composição «Réquiem Alemão», nas obras para coro e orquestra e outras. As suas composições, influenciadas por Bach e Haendel, apresentam uma surpreendente harmonia entre o classicismo e o romantismo. Em linhas gerais, a música de Brahms caracteriza-se pelo seu caráter melancólico, pela tensão concentrada e obscuridade, pelos ritmos sincopados e pela riqueza temática.
Fonte: UOLEducação
«DANÇA HUNGARA»

JOHANNES BRAHMS

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